Dizem que os avós são “mães com açúcar”. Em muitos casos, eles são um pote enorme recheado de mel! Seus cuidados e carinhos com os netos são tão importantes na criação dos filhos pelos diversos ensinamentos e por ajudarem na rotina da família.
Há quem diga que eles estragam os netos, fazendo todas as vontades, mas não se pode generalizar nem culpá-los por isso pois a intenção é sempre a melhor possível: dar amor. Afinal, é sempre deles o melhor colo, a melhor história ou ainda, o melhor bolo ou o chazinho quando se está doente.Se no dia a dia nos esquecemos de retribuir tudo isso, há uma data especial para homenageá-los e que foi celebrada no dia 26 de julho, com publicação especial na edição impressa do NH, compartilhada agora no site.
E quem não guarda uma boa lembrança dos avós? O olhar carinhoso, o sorriso pacificador e o coração aberto para nos entender e apoiar, independente de nossas escolhas…. O mauriciense Davi Richter, de apenas 1 aninho ainda não sabe contar uma história dos bons momentos que já curtiu com os vovôs corujas Chica e Roque Girardi, mas já abre aquele sorrisão quando os vê. Antes de ele nascer, os vovôs de primeira viagem já se prontificaram para cuidá-lo enquanto os pais Camila e Fabrício trabalham, realidade de muitas famílias atualmente, que encontram nos avós as pessoas ideais para dar atenção e cuidado aos filhos pequenos. “Quando o Davi tinha 1 mês e meio eu já tive que voltar pro serviço e ele ficava o dia todo com minha mãe. Com 7 meses, eu vi que estava muito puxado pra ela, pois ela também tinha os compromissos dela. Desde então, ele fica meio dia com meus pais e meio dia com a tata”, conta Camila.
Ela diz que o relacionamento entre eles é maravilhoso. “O Davi nunca deixar de ir logo no colo quando os encontra. Além disso, posso sair e deixar meu filho com meus pais sem nenhuma preocupação. Até para dormir na casa deles, ele fica bem querido”, afirma.
“Somos muito felizes por ter o Davi por perto, poder ajudar a cuidar e educar. É como se recomeçássemos a vida. Procuramos ensinar o que é correto, cumprimentar as pessoas, não brigar, repartir os brinquedos, ser carinhoso. É delicioso ter ele dormindo junto conosco na cama e ver ele acordar no dia seguinte, quando eventualmente dorme aqui”, diz a vó Chica. “Todos os momentos com ele são especiais. Ouvir suas primeiras palavras, seu sorrisos e até suas manhas. Felizes os avós que podem ter essa oportunidade de conviver com seus netos”, complementa o vô Roque.
Mas nem sempre a história começa assim, com ligações familiares de sangue. Às vezes, o amor entre vó e neto surge de algo que não se sabe explicar, apenas sentir. É o caso de Huanan Canova, 16 anos, e da vó Nadir Schirmer Henn, de Horizontina. Eles eram vizinhos desde quando ele tinha 2 anos. “Eu estava mexendo na minha horta e ele achou bonito me jogar terra, como se pedisse pra brincar. E então, eu larguei tudo e fomos brincar dentro de casa. Assim que aconteceu e que ficamos vó e neto do coração, e ficou cada vez mais forte”, lembra dona Nadir, de 77 anos. O adolescente diz que se apegou à vó Nadir quando ficou na casa dela sob seus cuidados após o irmão sofrer um acidente e os pais tiveram que se deslocar a Porto Alegre para cuidá-lo. “Depois disso, eu passei a frequentar a casa dela quase todos os dias, porque ela sempre foi muito boa pra mim. Ficamos muito próximos, tanto ou mais do que avós e netos de sangue”, diz Huanan, que visita a vó até hoje, aos finais de semana, para conversar, saber como ela está, se está tomando os remédios, e para tomar o café especial que ela faz para ele, que gera até uma pontinha de ciúmes em uma das filhas, Rosmeri.
“Ela é muito importante e muito boa prá mim. É meu porto seguro. Ela não é da família, mas é mais do que isso”, diz o garoto. Das lembranças que guarda com carinho, estão os jogos de futebol e as pescarias no sítio, e principalmente o sentimento. “Quando temos uma pessoa tão especial na nossa vida, a gente não esquece nunca”, comenta.
Dona Nadir conta que faz as vontades do neto, procura ajudar a resolver os problemas “e se ele não me visita, eu sinto falta!” E assim eles mantém uma relação muito especial e que retrata o significado de ser avó ou avô e neto: cuidar e amar, independente de qualquer coisa.
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