Neste ano de 2017 o brasileiro trabalhou 153 dias para pagar tributos, ou seja, até 2 de junho trabalhou ‘para o governo’ e a partir de então, começou a trabalhar ‘para si mesmo’. A informação é do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, que estima que 41,80% de todo o rendimento ganho está sendo destinado aos cofres públicos. Até o dia 2 de junho de 2017, o governo arrecadou mais de R$ 925 bilhões de reais, segundo o site Impostômetro. O IBPT também levantou outro dado que agrava a situação: a corrupção consumiu 29 dias de trabalho de cada um dos cidadãos brasileiros. O cálculo da corrupção foi feito tomando como base o resultado do Projeto Lupa nas Compras Públicas, que monitora todas as compras realizadas pelos órgãos governamentais federais, estaduais e municipais e cruza o valor pago pelos governos com o preço da mesma mercadoria ou serviço comprado pelas empresas.
Um estudo realizado pelo IBPT aponta a porcentagem da renda do trabalhador que é destinada para pagar impostos e quanto isso equivale em dias trabalhados por ano. O levantamento foi feito por faixa de renda e considera o período de maio de 2016 a abril de 2017. Veja os resultados na imagem.
A pesquisa mostra ainda que o peso dos impostos nos rendimentos, como salários e honorários, por exemplo, aumentou muito nos últimos anos. Hoje se trabalha o dobro do que se trabalhava na década de 70 para pagar tributação. Ao comparar a quantidade de dias necessários para pagar impostos, taxas e contribuições de 27 países, o estudo do IBPT elenca o Brasil na 8ª posição, atrás da Noruega, onde os cidadãos têm de trabalhar 157 dias para pagar tributos.
O contador Felipe Fontana, assessor de investimentos da Experato Investimentos, da região noroeste, afirma: “Mesmo com a alta tributação brasileira, que na teoria poderia ‘resolver’ grande parte dos problemas da população, na prática não é assim que funciona. Entre os 30 países com a maior carga tributária, o Brasil continua sendo o que proporciona o pior retorno dos valores arrecadados em prol do bem-estar da sociedade. O Brasil, com arrecadação altíssima e péssimo retorno destes valores, fica atrás, inclusive, de países da América do Sul, como Uruguai e Argentina”. Ele acrescenta uma reflexão que todo cidadão deveria fazer: “devemos refletir se esse é o caminho que queremos seguir, com um estado gigante que retira trilhões de reais por ano, punindo quem produz, além de cobrar altos tributos em produtos básicos que são consumidos pela população mais carente, consequentemente, centralizando recursos na mão de burocratas que decidem o que fazer com o nosso dinheiro que se perde no meio de corrupção, lobbys e burocracia. O melhor seria este recurso no bolso de quem produziu e, ainda mais, ficando no local onde foi produzido ou consumido”.
Saiba mais:
– Até o dia 2 de junho, o valor pago pelos brasileiros em imposto é superior a R$ 925 bilhões. Aplicado na poupança, esse dinheiro renderia de juros R$ 124.454 por minuto. Ou, você poderia comprar 560.917 apartamentos com 3 quartos, 1 suíte, 2 garagens, no Botafogo/RJ.
– No Rio Grande do Sul, já foram pagos quase 52 bilhões, o que representa 5,67% da arrecadação do Brasil.
– Em Horizontina, o valor de impostos é superior a R$ 6 milhões
– Doutor Maurício Cardoso registrou cerca de R$ 893 mil
– No município de Tucunduva, foram R$ 749 mil em impostos pagos
– Em Três de Maio, R$ 5 milhões é o valor pago até agora em impostos.
Fonte: www.impostômetro.com.br
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