Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde domingo já levaram pelo menos sete prefeituras a confirmar decretos de situação de emergência. O caso mais recente é o de Cachoeirinha, na região Metropolitana, onde o nível do rio Gravataí subiu de 1,60m para 5,08m. A água invadiu os bairros Meu Rincão e Olaria, obrigando os moradores a saírem de casa.
Cerca de 65 famílias do Meu Rincão ficarão alojadas na casa de parentes até que seja seguro voltar. Cinco precisaram ser removidas pela Defesa Civil. No bairro Olaria, mais 12 foram abrigadas na Casa de Cultura. Dezenas de moradores da região também já foram para as casas de familiares. O coordenador da Defesa Civil, Luís Fernando Kern, fala que a tendência é que o rio suba ainda mais.
Mais três municípios já haviam oficializado situação de emergência nesta quarta-feira. Campo Bom, no Vale do Sinos, Esperança do Sul e Barra do Guarita, no Norte. O mesmo já fez, os municípios de Esteio, na região Metropolitana, Rolante, no Vale do Paranhana, e Riozinho, no Vale do Rio Pardo.
A Defesa Civil Estadual divulgou, no fim da tarde, um boletim atestando que subiu para 4.856 o número de pessoas fora de casa no Rio Grande do Sul. Esse total, porém, tende a crescer ainda mais, nesta quinta. As famílias foram atingidas em pelo menos 41 cidades gaúchas.
O alerta para inundação ocorre, agora, na Fronteira Oeste, por conta da cheia do rio Uruguai, que atingiu os 14,65 metros em Porto Mauá, hoje as 2 horas da madrugada. No município foram removidas 11 famílias, 09 estão no Clube Visconde de Mauá e 02 no ginásio municipal. Um rebocador em construção tombou e está atravessado na rua que liga Barra do Santo Cristo, próximo da Aduana. Na região do Caí, houve inundação de casas nos bairros Olaria, Industrial e no Centro de Montenegro. Também há preocupação na região do rio dos Sinos, onde a expectativa é de aumento do nível das águas em São Leopoldo e Novo Hamburgo.
Fonte: Correio do Povo e Vilson Winkler
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