Leandro Boldrini, pai de Bernardo Uglione Boldrini, morto em abril de 2014, em Três Passos, teve o registro médico cassado nesta terça-feira (11).
O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a legitimidade do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) para recorrer da decisão do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), que havia absolvido o médico Leandro Boldrini em processo ético-profissional, permitindo que ele continuasse a exercer a medicina.
Em novembro de 2023, o Cremers absolveu Boldrini, concluindo que não havia evidências de que ele tivesse violado o Código de Ética Médica. No entanto, o MPRS contestou essa decisão, argumentando que, devido à gravidade do crime pelo qual Boldrini foi condenado, ele não deveria continuar a exercer a medicina.
Em 2022, Leandro foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão. O pai de Bernardo foi responsabilizado pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e por falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.
A defesa de Leandro afirma que analisará “o acórdão para, junto do Leandro, decidir se apresentaremos recurso ou não”.
De acordo com o MPRS, esta é uma decisão inédita, sendo a primeira vez que um Ministério Público atuou administrativamente junto aos conselhos de medicina.
Fonte: G1RS
voltar