A investigação que apura o desaparecimento de Rafael Mateus Winques, 11 anos, em Planalto, no norte do Rio Grande do Sul, vai procurar pistas no celular do menino. O aparelho será periciado para tentar extrair possíveis dados que auxiliem a desvendar o paradeiro dele. A criança está sumida desde a última sexta-feira (15). Os moradores do município de cerca de 10 mil habitantes estão se mobilizando para realizar novas buscas.
Segundo o delegado Ercílio Carletti, que investiga o caso, a perícia será realizada por uma equipe do Ministério Público (MP), que vem atuando em parceria com a Polícia Civil. Com a análise, a polícia espera conseguir localizar mensagens, imagens ou vídeos que tenham sido apagados. E, dessa forma, encontrar alguma pista que ajude a desvendar o motivo do sumiço e o local onde a criança está.
— Não é um desaparecimento comum para uma cidade como Planalto. E o menino não possui nenhum histórico de fuga. É um menino retraído, que só saía de casa acompanhado da mãe, até mesmo para ir ao colégio. Víamos ele passando perto da delegacia. É uma cidade pequena, tudo muito perto. As pessoas se conhecem. O máximo que ia sozinho era no mercado próximo. Tudo que é possível, estamos indo atrás. Desde o início, estamos todos mobilizados, polícia, Judiciário, Ministério Público e Conselho Tutelar. Infelizmente, é um caso bem complicado — afirma o policial.
Conforme o delegado, não há até o momento indicativo de crime no desaparecimento, mas todas as hipóteses são investigadas. A criança vivia com a mãe e o irmão de 16 anos. O pai do garoto é agricultor e reside em Bento Gonçalves, na Serra. A polícia está buscando imagens de câmeras de segurança que também possam auxiliar na investigação. Os policiais estão concentrando essa procura no horário entre meia-noite e 7h de sexta-feira, quando se acredita que ele tenha desaparecido.
— O irmão relatou que estava acordado até a meia-noite, e que, se tivesse qualquer ruído, teria ouvido. Por isso, estamos buscando neste horário. Mas não encontramos nem mesmo movimentação suspeita de carro. A cidade não tem muitas câmeras, mas as que localizamos não apontaram nada até agora. Pelo relato da família, ele saiu de casa espontaneamente, abrindo a porta. Mas não podemos descartar nada. Inclusive o que pode ter motivado ele a sair — diz Carletti.
Fonte: Gaúcha ZH
voltar