Henrique da Silva
Nas últimas semanas, este assunto veio à tona novamente. Alguns chegaram a noticiar em redes sociais que Irineu Colato poderia ser candidato nesta eleição. Pelo sim, pelo não, parece mesmo que não passaram de boatos. Com longa carreira política e vários mandatos, temos que ter respeito e admiração pela sua trajetória política. Fez história e muito contribuiu para o crescimento do município. Mas, em se falando de homem público, para por aí. Já foi o tempo de olharmos para trás, precisamos esquecer o retrovisor e enxergarmos um pouco mais adiante. Foi bom, mas passou como tudo passa. A vida segue adiante.
Quando caminhamos, enxergar alguns metros é suficiente, ao andarmos de automóvel, precisamos ter uma visão de centenas de metros. Ao pilotar um avião, a nossa visão deve ser do infinito, e é exatamente isso que devemos olhar quando nos preparamos para mais uma eleição de prefeitos e vereadores.
Não basta apenas ter história ou ter contribuído com alguma coisa para estar apto a comandar um município: primeiro, é necessário saber o que está a ser comandado. Horizontina é um gigante em termos culturais e econômicos, e é necessário que o seu comandante tenha visão coletiva e inovadora. Não mais se pode imaginar caminhando ou andando de automóvel, precisamos ter a sensação que andamos a velocidade da luz. E para isso fazer parte do passado, não dá passaporte para o futuro.
Os vícios acumulados ao longo dos anos, por vezes faz emperrar a máquina pública que, de quando em quando é salutar tomar nova direção com novos comandantes. Isto tem se percebido nos últimos anos de governos em Horizontina. É de vital importância que este novo ritmo seja continuado e implementado de forma dinâmica, atraindo cada vez mais adeptos e apaixonados pela vida pública, assim mais pessoas podendo dar a sua contribuição como gestor de uma comunidade que anseia novos projetos, olhando buscando novos horizontes.
Eleições vêm aí, e o povo deverá decidir em quem depositar a sua confiança. Se naqueles onde o retrovisor é o melhor equipamento ou ainda naquele que vislumbra uma nova realidade, sem se importar com tudo que já foi feito. O que está feito está feito, o que importa é o que queremos ser daqui um ano, uma década, um século, e para isso, é indispensável apostar em administradores arrojados que não levem com maior importância a opinião de um ou outro, nem mesmo administrem para agradar este ou aquele setor, seja público ou privado, mas sim quem tiver comprometimento com o futuro econômico e financeiro, porque a irresponsabilidade poderá levar o setor público ao maior caos da história. Isso em termos de município, estado e país. Como diz o ex-governador Sartori, eu avisei.
A gente se pecha por aí.
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