Henrique da Silva
Pelo que parece, nem um, nem outro. Primeiro porque, para haver consenso, é necessário que todos os partidos envolvidos no pleito trabalhem na mesma direção, ou seja, por unanimidade tenham o mesmo pensamento. Assim alinhados, aí trabalhem em torno de um nome que venha a ser o representante de todos.
No encontro ocorrido entre as executivas do PDT, PP e PSB, se sabe que nem todos estavam sabendo, nem sequer do encontro, tampouco o assunto a ser tratado. Ou por ingenuidade ou infantilidade dos que aceitaram tal convite, para não se imaginar deslealdade perante os companheiros da atual administração, o encontro para composição entre o pré-candidato progressista com o PDT deu em nada. Assim sendo, restou aos componentes do partido governista alardear a tal conversa como sendo tratativas para o consenso. O esquecimento dos demais partidos parece ter sido proposital. Sendo eles PTB, PRB, PT, MDB, PSDB, CIDADANIA, partido do atual prefeito, e o SOLIDARIEDADE que tem como pré-candidato o Major Reni Onírio Dzruikoski.
O atual vice-prefeito, que esteve presente, não tomou a melhor decisão em participar, haja vista ser o homem de confiança da administração, tendo o mesmo a caneta e procuração em branco como nunca havia acontecido. Embora o Sr. prefeito haja com diplomacia e com carinho especial pelo seu vice, não é difícil acreditar que possa estar se sentindo traído neste momento. Por muitas vezes, Dr. Lajus deixou claro que o candidato preferido seria Jones Cunha, deixando o mesmo trabalhar com liberdade para buscar no pleito a continuidade do trabalho desenvolvido em sua administração.
Bom senso. Isto menos ainda em se pensando de ter recebido tamanha confiabilidade. O mais sensato nesta situação, seria que o próprio prefeito, bem como um dos principais partidos da coligação, diga-se PTB, tivesse participado das discussões. Fica claro a intenção de que, uma parte da administração atual quer se bandear para os lados de lá, pensando mais para o lado pessoal, imaginando garantir assim seus cargos e funções por mais quatro anos. Sabe-se também que parte da executiva do PDT é simpática em relação a uma coligação com Nildo Hickmann. O encontro deixou sequelas e não para por aí. Os vereadores Lucas e Diogo não sabiam do encontro, tampouco da composição com o PDT, nem sequer da possibilidade de consenso. Ficaram de fora da tal discussão. São os representantes do PP na Câmara e conforme anunciado pré-candidatos a majoritária.
O que era para ser segredo veio à tona. Resta saber se as arestas vão ser todas aparadas. Se for levado para o lado da traição, muito difícil serem alocadas em seu devido lugar.
Por parte da ala progressista onde faz parte o ex-prefeito Colato, não resta dúvida que a estratégia deu certo. Criar um ambiente hostil na atual administração. Jogaram a isca e a presa caiu com ingenuidade e amadorismo.
A gente se pecha por aí.
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