Por Henrique da Silva – colunista do Jornal Novo Horizonte
Nos últimos tempos o que mais ouvimos falar foi em corrupção. Um tema que assola nosso dia a dia há muito tempo e que parece tão distante, mas tão distante, que não podemos fazer nada. Mas basta olharmos para o lado e perceber que ela está presente, tão perto, em muitos momentos do dia, que talvez por isso não a percebemos.
É comum associar corrupção com as maracutaias de Brasília, especialmente do governo federal, onde milhões, ou até bilhões de reais são desviados. Mas parando para pensar, ao nosso lado não é muito diferente. Vemos pessoas que fazem parte de nossa convivência querendo levar vantagem, passar por cima das leis, rasgarem sua moral, e quando não levam a melhor se revoltam com a estrutura a qual deveriam defender.
Isto acontece tanto na iniciativa pública quanto na privada. Na pública, quando as licitações são fraudadas, trocas de poder são acordadas, influências de cargos são utilizadas para conquistar vantagens. Se aproveitam do quase infinito dinheiro de impostos. Imaginem onde o Brasil estaria caso este dinheiro não fosse severamente desviado, roubado, todos os anos?
Na iniciativa privada, também a corrupção está presente. Na troca de favores, no favorecimento de um amigo ou conhecido em detrimento de um candidato mais preparado. Nos atestados de incapacidade para o trabalho fraudados para favorecer este ou aquele, fazendo com que as empresas, pública ou privada, tenham deficiência nos seus quadros de servidores não conseguindo assim prestar um serviço de melhor qualidade. E nós sabemos de tudo isso e as vezes nos calamos por ser mais cômodo para nossa vida.
Falar em corrupção no dia a dia, tão próximo de nós, incomoda. Mais fácil pensar que ela está somente lá em Brasília, não é mesmo? Ter que agir e ser retilíneo em nossas atitudes é a única maneira de, um dia, termos uma mínima possibilidade de construirmos uma sociedade mais justa e decente para todos.
A gente se pecha por aí.
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