A Justiça de Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, deu prazo de cinco dias para que a defesa de Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta do menino Bernardo Boldrini, assassinado em abril de 2014, apresente suas alegações finais ao processo. O juiz Marcos Luís Agostini afirma que a apresentação dos documentos é obrigatória.
O corpo do menino de 11 anos foi encontrado enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, no Noroeste do estado, onde ele residia com a família. Além de Edelvânia, são réus o irmão dela, Evandro Wirganovicz; o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini.
Conforme o Judiciário, a fase de instrução do processo criminal que apura a morte de Bernardo foi encerrada em 27 de abril deste ano, quando houve o interrogatório dos réus. Com isso, foi aberto o prazo para que a acusação (Ministério Púbico), a assistente à acução e as defesas dos réus apresentassem as alegações finais. Apenas a defesa de Edelvânia não cumpriu o trâmite.
O advogado dela, Demetryus Eugenio Grapiglia, afirma que ainda não foi intimado. Além disso, ele alega que não irá apresentar as alegações finais até que tenha acesso a três inquéritos policiais que envolvem Edelvânia. Segundo Demetryus, a defesa não conseguiu verificar até agora o conteúdo desses documentos. Ele também entrou com um pedido de habeas corpus nesta segunda-feira (27).
“Eu quero ver o que esses três inquéritos dizem. Não tenho como dar as alegações finais sem isso. Enquanto a Justiça não autorizar, não tenho como. Isso é cerceamento de defesa”, alegou. “Além disso, se ela achar que é melhor para ela não apresentar as alegações finais, ela não é obrigada”.
A Justiça, porém, afirmou ontem por meio de nota que, caso a defesa não se manifeste, Edelvânia será intimada para constituir um novo advogado, no mesmo prazo, que deve apresentar peça processual. Não apresentado ou não constituído o representante, será nomeado defensor público para apresentar os documentos solicitados.
Defesa de Graciele
A defesa de Graciele Ugulini, madrasta do menino Bernardo, também requereu a necessidade de transferência devido a problemas de saúde. Sobre isso, o juiz Marcos Agostini solicitou informações à magistrada que atua na fiscalização da Penitenciária Estadual de Guaíba, onde se encontra a acusada.
Fonte: G1
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