Caso Odilaine foi reaberto após investigação particular apontar falhas no inquérito/Foto: Arquivo Pessoal
Além da reabertura do inquérito sobre a morte da mãe do menino Bernardo, Udilaine Uglione, em Três Passos, mais um caso foi reaberto pela Justiça do Rio Grande do Sul, a pedido do Ministério Público, após apuração de um escritório de investigações e perícias de São Paulo, que apontou falhas e omissões no trabalho dos peritos oficiais.
Nesta semana, a Justiça e o MP gaúchos deram parecer favorável à reinvestigação da morte da aposentada Bernadeth Bernardes Baptista, de 67 anos, encontrada morta embaixo de uma pilha de roupas em seu apartamento, onde guardava mais de 3 quilos de ouro e 37 mil dólares, em julho de 2012, em Porto Alegre.
A fortuna em ouro e dinheiro estava dentro de potes de café. Somando isso tudo e mais imóveis e aplicações financeiras, Bernadeth tinha um patrimônio estimado em R$ 2 milhões. Dez sobrinhos e seis irmãos dela disputam a herança na Justiça.
Neste ano, uma irmã da aposentada resolveu contratar os peritos particulares. Eles reconstituíram o que poderia ter acontecido no dia da morte, analisaram os laudos da polícia e concluíram que houve falhas e omissões no trabalho dos peritos oficiais.
O Caso Odilaine
Conforme a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010, em Três Passos. No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clínica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga após o processo de separação do casal.
Já a defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria um fato novo.
O inquérito policial sobre a morte de Odilaine Uglione foi reaberto no dia 21 de maio e está sob a responsabilidade do delegado Marcelo Lech, de Santa Rosa, que já ganhou um novo prazo de 30 dias para concluir as investigações. O caso vem sendo acompanhado, paralelamente, pela Sewell Investigações e Perícias, que apontou através de perícias que a morte da mãe do menino Bernardo teria sido um suicídio forjado.
Fonte: Três Passos News
voltar