Quarta-feira 23/04

Mestre em Ciência Política

19 de julho de 2013

Juliana Zalamena recebeu o titulo de Mestre em Ciência Política na tarde de sexta-feira, 21 de junho, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – UFRGS.

Com o tema “Judicialização da Política, Competição Política Local e Eleições Municipais no Rio Grande do Sul”, orientado pelo professor Doutor Mauricio Moya, do PPG de Ciência Política, e submetida a uma banca composta pelo professor doutor Fabiano Engellmann – UFRGS, professor doutor Rodrigo Stumpf – UFRGS e professor doutor Álvaro Rocha – PUC/RS, Juliana Zalamena foi aprovada e recebeu o título de Mestre em Ciência Política.

Juliana foi bolsista da CAPES, e frequentava o Mestrado uma vez por semana, dormindo duas noites no ônibus para estudar, e no período ainda cursou a Licenciatura em Sociologia e a pós-graduação em Gestão Pública Municipal, sem contabilizar que concorreu a deputada estadual em 2010, e a vereadora em 2012, e conciliou tudo isso com o trabalho como assessora parlamentar do deputado Stédile, do PSB/RS. De ampla atuação política na região, Juliana é Coordenadora Regional do PSB na Região Noroeste e tem desempenhado um trabalho “de bastidor” na sigla, construindo partidos e candidaturas.

Segundo a Ms. Juliana, a inspiração para o projeto de pesquisa sobre judicialização da política se deu a partir dos processos de cassação que aconteceram em 2009, incluindo Tuparendi: “me dei conta que os processos de cassação e as eleições suplementares eram cada vez mais frequentes, alterando a dinâmica da competição política municipal e criando praticamente um “terceiro turno” de disputa, então desenvolvi meu trabalho tendo como base de pesquisa os processos de cassação julgados, referentes ao pleito de 2008″.

Para Juliana, a judicialização da política é um fenômeno relevante na competição eleitoral atual, sendo que os atores políticos envolvidos buscam essa via de acesso judicial para tentar reverter resultados desfavoráveis, cenário esse possibilitado pela ampla legislação brasileira que regula o mercado eleitoral, e pelas instituições que formam a Governança Eleitoral no país. Os mecanismos de combate à corrupção eleitoral que procuram corrigir as falhas do sistema político estão sendo manobrados como mais um instrumento para contestar o resultado das eleições, fazendo com que grupos políticos possam ter mais uma oportunidade de chegar ao poder, disputar novamente ou até objetivando a mera desestabilização do adversário e desmobilização da militância durante a campanha. A conclusão do trabalho é que as possibilidades de acesso à Justiça Eleitoral e a sua intervenção nos pleitos têm alterado significativamente a dinâmica da competição política/eleitoral no nível municipal.

A autora pretende, com um próximo passo, retirar o caráter acadêmico do trabalho e publicá-lo em forma de livro, talvez incluindo dados sobre os processos e eleições suplementares referentes a 2012.

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