As bancadas federais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná se reuniram nesta terça-feira (14) com o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, para discutir a exclusão do trecho sul da Ferrovia Norte-Sul do Programa de Investimentos em Logística (PIL). O plano de concessões da infraestrutura nacional foi lançado no dia 9 de junho pela presidente Dilma Rousseff e frustrou as lideranças políticas da Região Sul por não contemplar o traçado Panorama (SP) – Chapecó (SC) – Porto de Rio Grande (RS).
Rodrigues tratou de tranquilizar os deputados e senadores, e disse que apresentará para as três bancadas o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), que representa o trabalho definitivo por onde os trilhos cruzarão. O ministro dos Transportes confirmou que o trecho poderá integrar o plano de concessões numa segunda etapa. “O estudo ainda não estava terminado (quando do lançamento do PIL). O estudo termina agora no final de julho e já marcamos para se reunir com as bancadas no dia 12 de agosto para darmos os últimos ajustes. E no dia 17 de agosto vamos aos três estados realizar as audiências de interesse. Está praticamente tudo resolvido”, destacou Rodrigues.
Conforme nota informativa do Ministério dos Transportes, à medida que sejam concretizadas as primeiras concessões do PIL, novos projetos poderão ser agregados ao programa. Para o vice-presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), a pressão exercida pela bancada sulista surtiu efeito. “Nós colocamos o traçado no trilho, efetivamente foi isso o que aconteceu. Este trecho estava fora do programa de concessões e tampouco com previsão da elaboração do projeto executivo. Agora temos datas para audiências públicas envolvendo o setor empresarial, com relação ao interesse de fazer a concessão. E com a possibilidade deste traçado ser incluído no programa anunciado pelo governo federal”, comemorou o parlamentar.
O EVTEA do trecho sul começou a ser realizado em 2012 e custou R$ 9,8 milhões. O levantamento abrange 1.731 km, sendo 833 km em solo gaúcho. O trecho cruzará por 82 municípios de quatro estados: 8 em SP, 31 no PR, 14 SC e 29 no RS. A obra é aguardada com expectativa por todos os segmentos produtivos, uma vez que representará uma alternativa barata e eficiente para o escoamento da produção, com grandes perspectivas de incremento na exportação de produtos.
Fonte: Apolos Neto (Assessor de Imprensa deputado Jerônimo Goergen – PP/RS)
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