Terça-feira 13/05

Os cinco estágios do luto petista

29 de abril de 2016

Por Henrique da Silva

Empresário

Com os últimos acontecimentos da política brasileira, o viés político de esquerda está passando por um período conhecido como 0s cinco estágios do luto, como é conhecido popularmente. São estágios onde a pessoa tende a entrar em um estado de autodepreciação, e precisa desesperadamente se agarrar em alguns conceitos para tomar consciência de sua situação.

O primeiro estágio é a negação. Negar o problema, ignorar o ambiente à sua volta, criar uma nova realidade. O primeiro passo do governo foi negar as acusações. “Eu não sei de nada”, “não existe crise”, “estamos crescendo”… Este estágio de negação foi vivenciado durante todo o ano de 2014, em uma das mais sujas campanhas eleitorais da história de nosso país, onde a ocultação e adulteração de indicadores deram a falsa impressão de que o país estava bem, quando de fato já estava em estado terminal.

O segundo estágio é a raiva. É nesta fase que surgem os questionamentos: por que agora? Por que comigo? Por que no meu governo e não nos anteriores? É um período crítico onde o governo se considera injustiçado. O desemprego sobe, a inflação sobe, os preços sobem, a violência sobe, a educação piora, a segurança piora, a saúde piora, a economia piora, e querem investigar o meu governo? Por que não investigaram o governo de fulano? Como se um erro justificasse o outro. 

O terceiro estágio é a negociação, ou de barganha. Aqui, a ficha começa a cair, e o governo dá sinais de que quer mudar. A economia vai mudar, vamos nos unir, o Brasil precisa de união – apesar do governo e do PT estarem provocando intrigas e dividindo o país. Nesta fase o governo também começa a negociar como permanecer no poder: um ministério aqui, uma secretaria ali, uma presidência de estatal acolá…

Hoje, o governo está passando pela quarta fase, de depressão. Preferiu se isolar e gritar aos quatro ventos que é um golpe, esquecendo que todos os ritos do processo estão seguindo rigidamente a Constituição. Gritam que é golpe pois sabem que seus militantes de esquerda também passam por estas fases de negação. “Isso não pode estar acontecendo com o meu partido, certamente é intriga da oposição”, ou até mesmo que a culpa é dos Estados Unidos. Agarram-se a qualquer tronco para não se afogarem e verem que suas vidas foram vividas seguindo uma ideologia que não existe, que foram enganados por aqueles que defendiam ou ainda defendem.

Conhecendo a ganância do PT por permanecer no poder, é possível que o governo nunca chegue ao quinto estágio, da aceitação. Anos e anos de erros, de corrupção, de sujeira política nunca serão aceitos, porque é muito mais fácil jogar a culpa em terceiros do que admitir que estavam errados.

Estas são as cinco fases do luto petista, sobre a decadência de um governo que está levando o Brasil para um precipício.

 

 

 

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