Independente do parecer do relator da Comissão de Ética do Parlamento, Marlon Santos (PDT), sobre o caso que envolve o deputado e colega de partido Diógenes Basegio (PDT), o presidente estadual do PDT disse hoje apostar em uma absolvição do parlamentar, acusado de ficar com parte do salários dos servidores na Assembleia. Pompeo de Matos reconhece que podem ter ocorrido equívocos, mas não a ponto de justificarem o encaminhamento de uma cassação. ”O deputado Basegio é honrado e digno. Mesmo assim, pode ter cometido algum erro como qualquer outra pessoa. Ele já passou por muitos constrangimentos e precisa ter direito a ampla defesa antes de qualquer julgamento. Queremos Justiça e não tapar o sol com a peneira” argumentou.
Marlon Santos, que também ocupa o cargo de corregedor da Assembleia, deve apresentar o relatório na próxima terça-feira, um dia antes da data prevista para a conclusão da investigação. O parecer pode determinar pelo arquivamento, pelo andamento de mais averiguações ou até mesmo a cassação do mandato. Os 12 integrantes da Comissão de Ética devem votar o parecer e, se o andamento for pela cassação a decisão final fica com o Plenário.
Santos colheu depoimentos de praticamente todos os envolvidos no caso, inclusive do principal acusador. O ex-chefe de gabinete de Basegio, Neuromar Gatto, foi o primeiro a ser ouvido e, na semana seguinte, foi a vez de o deputado trabalhista se defender. Todas oitivas foram gravadas em vídeo e o material vai ser divulgado.
A apuração do relator sobre a conduta de Basegio envolve suposta quebra de decoro parlamentar e as suspeitas que recaem sobre o político são de extorsão, contratação irregular de servidor e possível adulteração de hodômetro veicular para fraudar gastos com combustível.
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