Embora remota, existe sim a possibilidade de as eleições municipais deste ano serem adiadas. Ou para os meses de novembro e dezembro, ou até mesmo unificá-las com as disputas de 2022, quando ocorrem as eleições para presidente, governadores, senadores e deputados, e prorrogando o mandato dos atuais prefeitos e vereadores.
Se as eleições forem apenas postergadas mais para o final de ano, pouca coisa ou quase nada se modifica. Agora, se forem unificadas com as disputas de 2022, tudo pode mudar de figura.
Trazendo a discussão para nível local, não restam dúvidas que os atuais gestores de Horizontina ganham com a prorrogação do mandato. Até lá, o contorno viário deverá estar concluído, o colégio Cristo Rei pago, e a compra do hospital Osvaldo Cruz faltando apenas uma parcela para quitar a dívida, entre outras tantas coisas que ainda estão na fase embrionária.
Quem pode ganhar politicamente também é o ex-prefeito Irineu Colato (PP). Até 2022, poderá estar com a ficha limpa e apto para concorrer, se assim o desejar.
Já para os políticos que trocaram de partido pode ser um duplo martírio. Uma por terem trocado de partido no afogadilho para viabilizar-se eleitoralmente ou por verem novos opositores até dentro do próprio partido.
É nisto que pode residir o dilema do ex-prefeito Nildo Hickmann que deixou o PT e se filiou no PP para viabilizar sua candidatura a prefeito de Horizontina. Se tiver eleição somente em 2022, e o velho Colato de guerra estiver apto a concorrer, pode balançar a estrutura interna dos Progressistas. Neste caso, alguém tem dúvida que o Colato não irá querer ser candidato?
voltar
