Na última quarta e quinta-feira, no gabinete do executivo municipal, foram realizadas reuniões para tratar sobre os reflexos que a enchente trouxe ao Município.
Na quarta-feira pela manhã, foi realizada a primeira, com o representante regional da RGE, Rudinei Girardon, ocasião em que o prefeito Pisoni transmitiu sua preocupação com o avanço das águas em residências, comércios e redes de transmissão, solicitando a presença efetiva de uma equipe para acompanhar a situação.
O executivo da RGE, por sua vez prestou o atendimento necessário, solicitado pelo Município, salientando a importância da presença da equipe nos locais atingidos pela enchente, principalmente no aspecto da segurança e prevenção de acidentes elétricos. O prefeito Pisoni reiterou a importância de investimentos e adequações nas redes elétricas da RGE, o que evitaria a suspensão do fornecimento de energia em locais que não foram atingidos diretamente pelas águas, devido ao fato de que estas redes em algum ponto estão em locais de alagamento, prejudicando muitos produtores rurais, principalmente os produtores de leite. A RGE por sua vez analisa estas situações tecnicamente e tomará as devidas providencias.
O segundo encontro, na mesma manhã, reuniu a Defesa Civil Estadual e Municipal, representante da RGE, setor de Planejamento Municipal, prefeito e vice-prefeito. O capitão Paulo Kunkel representou a Defesa Civil Estadual, juntamente com os demais analisaram o momento e realizaram uma previsão da situação e das providências a serem tomadas, tanto burocráticas ou operacionais. O prefeito Pisoni fez uma avaliação das enchentes anteriores e solicitou apoio do Estado ao atendimento das populações atingidas.
Na quinta-feira, reuniu-se a Defesa Civil Municipal, composta por técnicos do Município, EMATER e representantes das Comunidades, oportunidade em que foram analisadas as medidas tomadas como forma de prevenção e de atuação efetiva na Defesa Civil Municipal desde o início da enchente.
Também foram analisados dados parciais dos prejuízos até o momento, extraídos das visitas a propriedades rurais, avaliação das condições das lavouras, pastagens e das estradas após o longo período de chuvas. Na área urbana e no comércio local elaborou-se um estudo da situação social dos desabrigados, que foram realocados em clube, pavilhão, ginásio municipal de esportes e casas de parentes ou locais alternativos.
Constatou-se que os índices de prejuízos até o momento da reunião (quinta-feira) eram insuficientes para decretar “Situação de Emergência”, pois o Estado e a União somente reconhecem se os prejuízos econômicos forem maiores do que os índices de 8,33% no setor privado ou 2,77% do orçamento público municipal relativo a receita corrente líquida.
Na sexta-feira, dia 17, em novo encontro dos membros da Defesa Civil Municipal, com o executivo, após análise mais detalhada dos prejuízos causados pela enchente do rio Uruguai, bem como a soma dos prejuízos econômicos do setor público e privado, houve a necessidade do Município efetuar o Decreto Municipal de Situação de Emergência, nº 1.108/2015, devido as perdas registradas em laudos técnicos, situação esta que poderá se acentuar após baixar o nível das águas, momento em que tanto o setor público e privado terão que enfrentar as consequências e os prejuízos causados pela cheia do rio Uruguai e o excesso de chuvas que se registram durante este período do mês.
A administração municipal está buscando em conjunto com os municípios ribeirinhos e com a Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa a sensibilização e apoio do Estado e da União, para que possam ser incluídos em programas de compensação pelas perdas, pois estas são evidentes e expressivas tanto na área rural, quanto urbana, o que vem agravar a situação financeira dos municípios que vem sofrendo perda de arrecadação e ausência de repasses de recursos, tanto da parte do Estado, quanto da União, impossibilitando assim um apoio maior de parte do Município para o enfrentamento da situação gerada por fatores climáticos e orçamentários.
Fonte; Vilson Winkler
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