A população de Horizontina usuária da rede básica de postos de saúde não precisa mais se posicionar em filas para buscar atendimento médico, de enfermagem ou pela necessidade de exames.
Já está fazendo um ano que todos podem se dirigir às UBSs – Unidades Básicas de Saúde a partir da abertura das mesmas ás 7h30min da manhã, passando pelo acolhimento das equipes de cada unidade, são ouvidos em suas demandas e encaminhados ao atendimento, mediante necessidade e urgência de cada um.
O atendimento do médico, da enfermeira e dos técnicos de enfermagem, se dá no mesmo dia para os casos urgentes, por agendamento quando forem eletivos, assim como agilizados os procedimentos administrativos ou o encaminhamento a outros profissionais do sistema.
A implantação do novo modelo de acolhimento passou por experiência piloto em 2018, revelando-se eficiente. Conforme a vereadora Zuleica Wehner, ex-secretária municipal de Saúde, e o vice-prefeito Jones Cunha, que em nome da gestão municipal atuaram diretamente na busca de uma solução, ao que consideravam, desumano e constrangedor, o novo formato teve sua melhor funcionalidade percebido rapidamente pela comunidade.
A realidade das filas que iniciavam por volta das 4 horas da madrugada era uma herança que passava de administração para administração e, apesar de esforços, não se encontrava até então uma resolução. Os dois gestores foram nas madrugadas visitar as filas que se formavam e dialogar com as pessoas. Ali se depararam com idosos, pessoas gripadas, com dor, e com uma ordem de atendimento feita muitas vezes pelos próprios usuários, que sabendo do número de consultas diárias, faziam a contagem na ordem de chegada e desistiam da fila, retornando para suas casas, muitas vezes doentes, sem relatar o motivo da busca pelo atendimento aos profissionais.
O governo passou então a buscar uma solução que fosse humanizar e qualificar o sistema, passando a acompanhar uma experiência adotada em Santa Rosa. Após aplicá-la por mais de seis meses na Unidade PSF Centro, a experiência foi compartilhada com as demais equipes. A enfermeira Marilei Eich, administradora do projeto piloto em sua unidade, destaca que o modelo dá mais trabalho às equipes, mas garante maior abrangência, resolutividade e eficiência no território de cada unidade.
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