Sexta-feira 16/05

SUS passa a oferecer 19 práticas integrativas e complementares

20 de abril de 2017

O Ministério da Saúde incluiu 14 novos procedimentos à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS). São tratamentos que utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para a cura e prevenção de diversas doenças como depressão e hipertensão.

A partir de agora, são 19 práticas integrativas e complementares que o SUS pode oferecer à população. São elas: homeopatia; acupuntura; medicina antroposófica; plantas medicinais e fitoterapia e termalismo social; crenoterapia; arteterapia; ayurveda; biodança; dança circular; meditação; musicoterapia; naturopatia; osteopatia; quiropraxia; reflexoterapia; reiki; shantala; terapia comunitária integrativa e yoga. Assim, o Ministério da Saúde reconhece oficialmente a importância das manifestações populares em saúde e a chamada medicina não convencional, considerada como prática voltada à saúde e ao equilíbrio vital do homem. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, terapia alternativa significa que ela é utilizada em substituição às práticas da medicina convencional, já a terapia complementar é utilizada em associação com a medicina convencional, e não para substituí-la. O termo ‘integrativa’ é usado quando há associação da terapia médica convencional aos métodos complementares ou alternativos a partir de evidências científicas.

Conforme dados do Ministério da Saúde, desde a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, em 2006, a procura e o acesso dos usuários do SUS a esses procedimentos tem crescido significativamente. Em 2016, mais de 2 milhões de atendimentos das PICs foram realizados nas Unidades Básicas de Saúde de todo o país, sendo 770 mil de medicina tradicional chinesa, incluindo acupuntura, 85 mil de fitoterapia, 13 mil de homeopatia e 923 mil de outras práticas integrativas que ainda não possuíam código próprio para registro e que passaram a fazer parte do rol no início do ano.
Atualmente, 1.708 municípios oferecem práticas integrativas e complementares e a distribuição dos serviços está concentrada em 78% na atenção básica, principal porta de entrada do SUS, 18% na atenção especializada e 4% na atenção hospitalar. Mais de 7.700 estabelecimentos de saúde ofertam alguma prática integrativa e complementar, o que representa 28% das Unidades Básicas de Saúde. Os recursos para as PICS integram o Piso da Atenção Básica de cada município, podendo o gestor local aplicá-los de acordo com sua prioridade.

A educadora física Elizete Franken pratica yoga há 19 anos, é reikiana há 6, e adepta da  ayurveda há 4, e diz que acha muito positiva esta iniciativa do Ministério da Saúde e que inclusive os médicos estão mudando sua opinião em relação às terapias alternativas ou integrativas e estão aderindo à elas em muitos casos. “Eu, por exemplo, faço especialização em ayurveda, e tenho vários professores e colegas médicos formados pela medicina tradicional e que buscam a medicina oriental como cura para seus pacientes”. Ela afirma que já foram realizados vários estudos, inclusive na faculdade de Harward, que comprovaram os benefícios de terapias alternativas e acrescenta: “Sabe-se que as medicações convencionais são manipuladas pela indústria farmacêutica que tem grandes marcas atrás disso manipulando estudos para vender remédios caríssimos e que causam dependência aos que os utilizam. Entre os benefícios da medicina alternativa estão o controle da ansiedade e dos batimentos cardíacos, redução do stress, ela acalma a situação da mente tendo mais clareza, paz, serenidade, felicidade e, principalmente, é ótima para atingirmos o equilíbrio entre os corpos físico, mental, emocional, energético e espiritual. Eu, por exemplo, mudei para melhor o meu modo de ser, de ver, de agir, e de sentir e também percebo isso nos meus alunos”.

Saiba mais sobre algumas das práticas integrativas ofertadas pelo SUS:

Yoga: harmonização do corpo com a mente e a respiração, através de técnicas de respiração, posturas de yoga e meditação.

Acupuntura: aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo para tratar doenças físicas ou emocionais e para promover saúde.

Quiropraxia: prática de diagnóstico e terapia manipulativa contra problemas do sistema neuro-músculo-esquelético. O objetivo do método é avaliar, identificar e corrigir as subluxações vertebrais e os maus funcionamentos articulares, que podem causar irregularidades no mecanismo da coluna e na função neurológica.

Reiky: técnica japonesa que se baseia na prática de imposição das mãos por meio de toque ou aproximação para estimular mecanismos naturais de recuperação da saúde.

Ayurveda: medicina tradicional da Índia que enfatiza o restabelecimento do equilíbrio no corpo através de dieta, estilo de vida, exercícios e limpeza do corpo e espírito.

 

 

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