Durante o Grande Expediente da sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Horizontina da última semana, o vereador Álvaro Callegaro (foto) da bancada do PP discorreu no seu pronunciamento sobre a reunião que encaminhou, juntamente com produtores rurais, mais especificadamente suinocultores, com o poder executivo. Na reunião discutiu-se o compromisso assumido junto dos suinocultores pelo governo municipal quanto ao pagamento de metade dos juros dos financiamentos bancários retirados por eles para a construção dos chiqueirões.
Conforme o vereador, os produtores investiram com esse comprometimento da administração pública, de pagar sua parcela dos juros, o que até o momento não aconteceu. Como os contratos estão vencendo a preocupação é de que isso não possa mais ser feito. Na reunião ficou acertado que os produtores terão um prazo para buscar junto às Instituições bancárias o verdadeiro valor pago em juros até o momento e posteriormente o Executivo mandará para o Legislativo uma Lei reconhecendo essa dívida.
“Conseguimos levar adiante o diálogo e contamos com a boa vontade do Executivo para resolver essa situação que se arrasta por anos”, salientou o vereador. Outro assunto relatado pelo Edil é quanto ao uso e cobrança da água consumida no interior do município. Está em discussão junto ao Conselho da Agricultura a retomada da cobrança e o consumo consciente da água no interior, foi criado uma Comissão para tal e os trabalhos estão bastante avançados. Conforme Callegaro, é responsabilidade do Município o fornecimento de água de qualidade para a população rural, já que a cobrança é feita. Também terá que ser providenciado análises rotineiras da água por parte do Município e feito a adição de cloro na mesma, o que até hoje nunca foi feito.
“Com isso teremos um custo maior nas taxas de água, mas levará também a uma conscientização quanto ao desperdício que hoje ocorre”, explica. O vereador disse ainda que das quase 1.300 economias rurais somente perto de 400 pagam a taxa, pois o Município não efetua a leitura do consumo e há também uma discussão quanto aos valores diferenciados que serão cobrados das atividades rurais predominantes nas propriedades, principalmente a suinocultura e bovinocultura de leite, que por sua vez tem um consumo bastante alto de água. “Existem adequações a serem feitas e espera-se que no inicio do próximo ano a Lei específica com as novas tarifas e adequações entre em vigor”, disse o vereador.
Ainda durante o seu pronunciamento, Álvaro pediu também o empenho da comunidade para se posicionar, principalmente pelas redes sociais, contra a Meta 4 (Lei que propõe o fechamento das Escolas das APAEs e obriga que todos os alunos devam ser encaminhados para as escolas regulares), que será votada em Brasília.
“Acredito que não é preciso muito argumento, reflexão ou conhecimento para ter certeza de que estas escolas não estão prontas para receber todos os alunos especiais que estudam nas APAEs. O que se busca é dar aos pais o direito de escolher onde seus filhos com necessidades especiais devem estudar. Caso a APAE feche, os alunos especiais não terão mais o direito de optar, como têm agora, entre a escola regular e a APAE. As famílias têm opção de escolha, podendo sempre optar entre a escola regular e APAE. Mas, se a escola da APAE for fechada, esta opção não mais existirá. “Uma escola jamais deveria excluir a outra, ambas são necessárias”, finaliza o vereador.
voltar