Sábado 12/10

Vírus altamente transmissível: a incerteza

3 de abril de 2020

Pedro Stein Cervo

 

Um caos instaurado! A pandemia do COVID-19 causou mais uma polarização de ideias no Brasil, que vive rodeado de opiniões e propostas antagônicas, muitas vezes, extremas. Metaforizando, é possível comparar a situação brasileira com o bagunçado trânsito indiano. Veículos vindo de todas as direções, em altas velocidades, enquanto pedestres, de forma ágil e apreensiva, enfiam-se pelos espaços vazios, buscando chegar ao seu destino. Essa realidade causaria medo e acarretaria em graves acidentes, caso os envolvidos não estivessem habituados.

Voltando ao Brasil, onde indivíduos falham em não olhar para os lados antes de atravessar a rua, acidentes são mais propensos a acontecer. Aquele que tentar atravessar a rua da crise causada pelo vírus, cuidando somente os veículos que vão em direção aos cuidados com a saúde e prevenção, pode colidir fatalmente com outros que estão se dirigindo à recessão econômica, e vice-versa.

É notável a necessidade de se atravessar essa rua o mais rápido possível, com eficiência. Porém, é importante fazê-lo com a empatia dos pais que ensinam seu filho os perigos de andar sozinho e dos netos que ajudam seus avós a cruzar a faixa de segurança. Lembre-se: um pedestre não possui o poder de controlar o tráfego com suas convicções, mas está ao seu alcance a proteção dos mais vulneráveis, a fim de evitar acidentes.

Muito se diz que o melhor a se fazer é analisar o tráfego da calçada, com segurança, enquanto os mais aventurados tentam atravessar. Mas, considerando o trânsito caótico e o pânico escancarado em alguns pedestres que o cercam, seria a calçada um local realmente seguro?

 

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