Na sessão ordinária da última segunda-feira, 20, da Câmara de Vereadores de Horizontina, a vereadora Zuleica Wehner (PTB), apresentou Indicação ao prefeito municipal no sentido que seja implantado no município, através de lei municipal, o exame e tratamento da trombofilia, obrigatório pelo SUS.
Zuleica entende que a medida deve ser tomada em vista da gravidade desta enfermidade, pois, segundo ela, estudos comprovam que de cada 150 mulheres que possuem problemas na gestação, como aborto, morte do bebê ou pré-eclâmpsia, 60% tem alguma forma de trombofilia.
De acordo com a vereadora, a trombofilia por ser uma condição que não apresenta sintomas torna-se ainda mais perigoso, por isso as mulheres gestantes precisam ficar atentas nos primeiros sinais de inchaços e imediatamente conversar com o médico, principalmente se existe histórico familiar.
A vereadora destaca ainda que o exame pelo SUS poderá ser realizado em três momentos: antes da prescrição do primeiro anticoncepcional, no pré-natal e antes da primeira reposição hormonal, pois existem vários exames que podem detectar a trombofilia, pois ela pode ser hereditária ou adquirida.
“Pelo conhecimento que tenho na área da saúde, posso dizer que não é uma prática comum entre os médicos, e muitas mulheres sofrem abortos sem descobrir o real motivo. No entanto, com a intervenção do poder público tornando obrigatório e gratuito o exame e o tratamento, poderemos amenizar a incidência desta doença”, assevera a vereadora e ex-secretária municipal da Saúde.
A Indicação da vereadora Zuleica Wehner foi deferida pelo presidente do Legislativo e encaminhada ao prefeito Nildo Hickmann.
Afinal, o que é trombofilia?
A trombofilia é uma doença que causa alteração na coagulação sanguínea, com consequente aumento do risco de obstrução dos vasos sanguíneos. Esta obstrução é denominada trombose.
A trombofilia pode ocorrer por mutações ou deficiências na produção dos fatores de coagulação e pode ser hereditária ou adquirida. Nos casos de trombofilias adquiridas, a obesidade, o tabagismo, o diabetes, a pressão alta e mesmo o uso de anticoncepcionais são tidos como fatores de risco.
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